segunda-feira, 10 de outubro de 2011

E lá se vai mais um
Que pena já vem o outro
E para tristeza do povo
Vai fazer tudo de novo.


Flavio Ramirez

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Veja lá vem o monte
Que toda beleza, esconde
Os pássaros não cantam mais
Peixes, arvores e cade os animais

Índios não moram mais aqui
Somente um monte que dizem ser belo

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Corre que vai chover
Se cobre, pois já esfriou.
Vê o que tem para comer
Se é que algo restou

A cidade é suja e fria
Pra quem está de passagem
Imagine quem há tem como moradia
Um paraíso cinzento e selvagem

Flavio Ramirez

sábado, 17 de setembro de 2011

Quem passa em frente
Acha graça dessa gente
Desprovida e inocente

Com os olhos cheio de nada
Na boca a vontade de tudo

Bem vindo a minha casa
Ela não tem quarto nem sala
Somente calçada

Flavio Ramires

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Sinto que vejo mais do que deveria
Queria ser igual a todos
Ganhar pouco
E ficar calado dia após dia

Se é isso que preciso para ser feliz
Fingir que não enxergo a verdade
Mesmo ela estando debaixo do meu nariz


Flavio Ramires

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Senhora Maria

Senhora nossa
Que lava, cozinha e passa
Com o olho cheio de lagrima
Espera minha volta na madrugada

Mesmo sem amor segue sem reclamar
Na manhã prepara o café e vai trabalhar
Deixa o almoço pronto é só esquentar
A louça suja para quando voltar

Me explica que um dia não vai estar mais la
Ensina a sempre me por no meu lugar
E sei que não importa quanto eu demorá
Sempre vai estar de braços abertos para me abraçar


Flavio Dos Santos Bergamin

sábado, 27 de agosto de 2011

Aqui é cada um olhando para o outro
Com medo de levar pipoco
Ou até que seja um roubo
Depois do rolê o Sufoco
Na rua sozinho bem louco

O caos da cidade
A falta de oportunidade
Corrupção por toda parte
Nas ruas o medo da morte
Nos bailes a falta de arte

Flavio ramires

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mais uma vida, terra.
Que mais um enterra
Vazia e seca da guerra
Espera, lá vem à primavera.


Flavio Ramires

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Uma vida só
Vivida a pó
É sem dó


Flavio ramirez

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Fazem-me andar de pé no chão
Colocam-me na contramão
Em frente aos meus olhos a televisão
O plin-plin alertando o começo do domingão
Do ônibus eu escuto a reclamação
O amor mal dado pedindo separação
A felicidade em ver no prato o arroz com feijão
No fim do mês o dinheiro guardado da prestação
E assim segue todos em uma grande ilusão


Flavio Ramires

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Seu cigarro

Me diz de que valeu
Pisar no semelhante teu
Se agora está numa cama pedindo a deus
Muitos pecados você cometeu
E todo o dinheiro seu?
E os amigos onde se meteu?
E sua esposa jovem e bonita o que aconteceu?
E seu filho lembra do carro que você prometeu?
Todos esses anos quem esteve com você? só eu!
Mas não se esqueça do testamento
Pós sua hora está chegando
Muitos esperam por esse momento
Trague-me e veja o que faço
Por fim sou seu ultimo maço


Flavio Ramires

quarta-feira, 6 de julho de 2011

"Muitos querem falar mas lhe falta conteúdo no dizer
Poucos tem conteúdo no falar mas lhe falta oportunidade pra dizer"



Flavio Ramirez

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Apenas mais uma luta
Para acabar com essa disputa
E a procura da paz
Somente na musica

Mas uma mãe que enjuga a lagrima
Mas uma pátria idolatrada
Mas uma medalha sem seu peito
Mas uma vida sem sentido
Mas um homem esquecido


Flavio Ramires

sábado, 28 de maio de 2011

Cadê os jovens que enfrentaram Canhões?
Cadê a musica que arrastou multidões?
E o sonho de o mundo mudar?
Será que todos pararam de sonhar?
E aquela vontade e o brilho no olhar?
Não tinham medo de a vida entregar
Em todas as partes estavam aos milhões
Eram nas escolas, campos e construções.
Quem roubou o sonho e a esperança?
Quem matou a verdade de nossas crianças?
Quem usou da mídia pra enganar?
Quem te contou que os jovens pararam de lutar?
Pois é mentira e estou aqui para provar


Flavio Ramires

terça-feira, 24 de maio de 2011

Que mal tem viver
Sem poder compreender
O sentido de morrer

E que bem tem morrer
Sem ao menos compreender
O sentido de viver




Flavio Ramirez



Ramires e NIOB

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Triste é ver
Meu povo Sofrer
E nada poder fazer

sábado, 19 de março de 2011




Ramires e NIOB

segunda-feira, 7 de março de 2011

Em uma tarde de aniversario
Tudo que vem em mente e ouvido
É a poesia de cartola me levando
Então vou por ai a procurar
Algo que provavelmente nunca vou achar
E o que procuro, e ter o que procurar.


Flavio Ramirez

quarta-feira, 2 de março de 2011

"So na bohemia onde encontro a felicidade
E é so na poesia onde encontro a igualdade"

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Vejo pessoas iguais a mim
Pisando em cabeças iguais a minha
Poucos com muito e muitos sem nada

Todos no moinho do capitalismo
Triturados à dor
Trituradores ao egoísmo

Tudo mudou depois de tudo
Depois do primeiro roubo
Depois da divisão do mundo

O dinheiro dita as regras
Cada um por si
Todos contra a Terra


Ors

domingo, 2 de janeiro de 2011

A vida passando
Eu não compreendo
O filme que eu vi ontem
Hoje eu estou revendo
Pessoas morrem
E outras estão nascendo

A vida passa lentamente no meu cigarro
A poluição aumenta com o aumento de carro
A decadência musical
Com a futilidade irracional
Mostrando seu corpo
Pra quem sabe conseguir um real


O amor hoje está guardado em fita cassete
Mas a pornografia está livre na internet


Flavio Ramires